Se sentindo em casa (dias 12/13/14) 24, 25 e 26/jun

Acordamos com a sensação de estarmos em casa. Cafezão da manhã como sempre com direito a salada de frutas e granola (sim! Para nossa surpresa achamos uma granola deliciosa em Adelaide e trouxemos um estoque) hoje preparado pelo Rafa.

Finalmente estreamos a nossa rede!! Ainda bem que ela é grande e tem espaço de sobra para 2 pessoas, senão já viu né...

Decidimos prolongar a estadia por mais algumas noites, veremos...
Já visitamos lugares exóticos como um jardim botânico com plantas do deserto e o Desert Park. Este último nós ADORAMOS! Aprendemos bastante sobre como os aborígenes sobrevivem no deserto, animais (inclusive os noturnos!) e plantas típicas e, para completar, assistimos a uma apresentação inesquecível de pássaros. As águias passavam dando rasantes na frente do público!

Mas ainda teremos muito para descobrir aqui nessa região. Estamos planejando uma caminhada pelas montanhas de 2 dias para disfrutarmos da melhor forma as paisagens do McDonnell Ranges. Além disso também faremos uma off-road track de 200km (sem a casa móvel, claro!) para visitarmos Chamber Pillars, no Simpons Desert!

Até a próxima!

Magaiver Solutions Ltd.

Se por acaso alguém tiver receita fácil de tratamento para as mãos, por favor nos avise. As mãos do nosso Magaiver estão viradas num verdadeiro caco. Pior do que mão de mecânico! Ontem ele finalmente comprou umas luvas e agora tá faceiro!

Estamos pensando em abrir um negócio do tipo “faz tudo” quando voltarmos para Adelaide, tipo: serviços mecânicos , hidráulicos e elétricos, corta-se lenha (já providenciamos um machado novo, hehe), conserta-se bicicletas, enjambres em geral... enfim, não tem o que o Magaiver Solutions Ltd. não resolva!!

Alice Springs – sonho de cidade! (Dia 11) 23/jun

É até difícil de explicar mas tem alguma coisa muito especial nessa cidade! Paramos, ou melhor, fomos levados, a um caravan park (tipo um camping mas onde os trailers são permitidos) a uns 10km de Alice Springs. Sem palavras!

Fomos recepcionados por papagaios e vários outros pássaros selvagens. Ficamos boquiabertos quando uma papagaia alimentava seu filhote num galho a 1m de nossas cabeças.

Além disso, estacionamos a casa móvel na base de uma montanha exuberante e já nos falaram que ao entardecer é possível avistar uma família de cangurus que mora pela região. Só podemos estar no paraíso! Viva! “Rafa, podemos ficar aqui por alguns meses?”, porque não, respondeu ele feliz da vida.

Alice Springs é uma cidade linda. Muito bem organizada e arborizada e rodeada por uma cadeia de montanhas conhecidas como McDonnell ranges. Como explicar melhor? Bem, aqui encontramos todas as facilidades de uma cidade grande mas, ao mesmo tempo, toda a beleza da natureza selvagem! Além disso, aqui o sol brilha o ano todo! Agora que é inverno as temperaturas são agradabilíssimas (a noite até faz frio mas nada comparado ao sul da Austrália!).

Pagamos por 2 noites no caravan park mas pelo visto vamos acabar prolongando a estadia. Ah se a praia não fosse tão longe daqui...

1° luau (Dia 10) 22/jun

No décimo dia da viagem foi que fizemos nosso primeiro luau. Na verdade, só agora é que estamos começando a relaxar e já não estamos mais tão preocupados com coisas do tipo onde vamos achar lugar para dormir a noite, qual o próximo local de parada, o que tem para visitar, onde fica o próximo posto de combustível, etc etc.

Paramos no acostamento e saímos a cata de lenha. Nisso o lenhador foi estrear o machado (made in China) num tronco muito duro e o resultado não é difícil de imaginar... o machado quebrou! Resumo: o barato saiu caro!

Mas não foi isso que impediu nossa linda fogueira ao entardecer! Paramos para dormir numa área de descanço na beira da estrada e fizemos nosso luau! Com direito a batucada nos baldes e bailadinho! Ainda bem que os vizinhos estavam bem longe!!! hehehehe

O jardim do Éden (Dia 9)

Hoje saímos com espírito de aventura (mais do que o normal, hehe). Deixamos a casa móvel estacionada em um free camping na beira da estrada e seguimos 250km para visitar o parque onde está o Kings Canyon. Barraca e sacos de dormir a postos!

O lugar é simplesmente um paraíso natural. Fizemos uma caminhada de 7km no topo dos canyons de 270m de altura (praticamente uma escalada para chegarmos no topo!) .

Há muitos milhões de anos esses morros eram dunas de areia!

Segundo a crença aborígene, o local personifica um animal sagrado (uma espécie de gato do mato da região).

A melhor parte foi quando nos deparamos com uma piscina natural na base dos canyons. Logo entendemos de onde vinha o nome “Jardim do Éden”que tínhamos lido no guia. O eco dos passarinhos realmente nos dava a impressão de estar no paraíso! O Rafa não se animou, mas eu não pude perder a oportunidade de dar um mergulho nas águas congelantes desse lugar paradisíaco! Sensação indescritível!! Além disso, admiramos relíquias botânicas que datam de um tempo onde essa região era uma floresta tropical.

Fica até difícil imaginar canyons em pleno deserto e para completar um jardim com piscina natural. Bem, já estamos quase chegando no final do Gibson Desert, agora muito próximos do trópico de Capricórnio.

Nossa caminhada terminou ao pôr-do-sol, com o céu mais lindo que já vimos até agora. Um verdadeiro presente!

Infelizmente não era possível acampar no parque, então tivemos que voltar para nossa casa móvel. Ao pararmos no posto para abastecer, fomos advertidos sobre a quantidade de animais que cruzavam a estrada durante a noite. E não deu outra! Rodamos 10km quando de repente... “o que é aquilo?? Rafa, freia!!” Um enorme canguru parado bem no meio da pista! Os faróis devem tê-lo cegado e ele ali permaneceu alguns instantes bem na nossa frente. Um baita susto!! Até que, como se nada tivesse acontecido, ele saiu saltitando faceiro e assim seguimos nossa viagem. Além de vários cangurus, também vimos vacas e o dingo, o cachorro do deserto.

Em terras aborígenes (Dias 6/7/8)

Depois de um dia de chuva e céu nublado em pleno deserto, chegamos em Ayulara com um tempo perfeito. Nenhuma nuvem sequer no céu. A cidadezinha vive exclusivamente do turismo, são mais de 400 mil visitantes por ano.

Todos chegam aqui intrigados pela beleza e misticismo do grande Uluru (ou Ayers Rock) – o maior monolito do planeta e uma das grandes maravilhas do mundo, considerado o coração da Austrália.

Um bloco gigantesco de 348m de altura e 10km de circunferência na base, sendo que a maior parte da pedra está abaixo da superfície! Visto de longe Uluru parece um enorme castelo de areia, mas quando chegamos perto podemos atestar que é uma grande rocha mesmo! Bem na base tem uma piscina natural formada com águas das excassas chuvas que correm pela montanha.

O parque onde ele está situado é de propriedade dos aborígenes. Aprendemos muito sobre a cultura desse povo milenar e o significado espiritual de Uluru para eles. Tivemos uma primeira noção sobre o Tjukurpa (lei, conhecimento, religião, filosofia), do modo de vida tradicional, da história, lendas e alimentos. Entretanto, podemos constatar que os aborígenes são muito reservados, mantendo suas tradições e conhecimentos somente entre eles. Inclusive muitos lugares no parque tinham acesso restrito ou as fotografias eram proibidas sem que fosse divulgado o motivo.

Aproveitamos o local ao máximo, curtindo o nascer e o pôr do sol.

Percorremos praticamente todo o parque através das trilhas na base do Uluru e também das Kata-Tjutas. Estas são 36 montanhas (conglomerado) formadas há mais de 500 milhões de anos. Kata-Tjutas significa cabeças e o local representa o templo sagrado dos homens para o povo aborígene da região.

Tanto Uluru quanto as Kata-Tjutas poderiam ser um verdadeiro paraíso para os escaladores , mas por serem locais sagrados, obviamente não existem vias e os aborígenes pedem que as pessoas evitem subir nas rochas (muitas o fazem!). A vontade foi grande mas em respeito nos contentamos com a vista e as longas caminhadas.

Coober Pedy (Dia 5)

Situada no meio do deserto, a 850km de Adelaide, Coober Pedy é a capital mundial de OPALA, uma pedra preciosa muito bonita (pode ser mais valiosa que o diamante!). Dizem que a opala se formou aqui pois há 150 milhões de anos o oceano cobria toda essa região.

Durante milênios, os aborígenes cruzaram o local em busca de comida e água e também para realizarem cerimônias sagradas. Logo na entrada da cidade, para onde olhamos vemos minas extratoras. Todas pertencentes à europeus que se instalaram aqui há mais de 40 anos.

É curioso pois mais da metade da população (de aprox. 3000hab.) vive em casas subterrâneas para evitar as temperaturas extremas características do clima do deserto (aqui chega a fazer 45°C no verão). Nessas casas, a temperatura se mantém nos 24°C o ano todo.

Visitamos aqui uma mina de opala como nos velhos tempos.

Conhecemos uma igreja subterrânea e o melhor: um orfanato de cangurus! Foi uma experiência e tanto! Os bebês recebem cuidados até atingirem a idade da reabilitação.

Fomos também no parque nacional conhecido como Breakaways Reserve onde foi possível saborear o verdadeiro silêncio e as cores mágicas do deserto australiano. Impossível descrever com palavras.

Rumo ao deserto (Dias 3/4)

O frio nos entimidou (acordamos e a água do reservatório do trailer estava congelada!) e acabamos por alterar a rota. Decidimos seguir logo para o norte, onde as temperaturas serão mais amenas. Percorreremos mais de 3000km, de Adelaide à Darwin cruzando a Austrália de sul à norte pelo deserto.

Agora é acordar com o nascer do sol e se recolher ao entardecer. Evitaremos a estrada durante à noite, já fomos alertados do perigo dos animais cruzando a pista. Velocidade cruzeiro: 75km/h, mas com tanto peso não teria como ser diferente!

La casa de baño

Para honrar o título, apresentaremos do que se trata:

Itens:

- chuveiro elétrico (12v)

- barraca de banho estantânea

- balde

- água quente (fundamental!)

Para tomar banho é necessário um verdadeiro estudo: horário que o sol se põe, direção do vento e temperatura. Como está muito frio, temos que aproveitar o calorzinho do sol, impossível banho à noite!

Querem saber a sensação?

Dá até pra cantar embaixo do chuveirinho! MARAVILHAAAAAAAA!!!!!

Barossa Valley (Dia 2)

Hora de montar nas bikes e explorar o local. O vale se parece muito com a serra gaúcha, região de Bento. A região aqui também foi colonizada pelos alemães e é conhecida por seus famosos vinhos (não provamos para atestar...). Inúmeras vinícolas, parrerais para todos os lados. A região é muito bonita mas ainda preferimos nossa Gramado!

Pé na estrada (Dia 1)

Ufa!!!! Nem acreditamos mas conseguimos sair. Domingo, 13 de junho , 12h. Como não poderia faltar, eis que surgiu um imprevisto que acabou atrasando um pouco mais a saída: na hora de engatar o trailer no carro, sumiram os grampos de segurança. E agora?? Em pleno domingo, tudo fechado!!! Magaiver em ação: alicate na mão, uns pedaços de ferro e ...os grampos estavam enjambrados. Saímos, enfim!

Durante uns 20km, era um olho na estrada e o outro no trailer para ter certeza de que não o perderíamos, sabem como são os marinheiros de primeira viagem, né? Tudo certo e assim rumamos ao primeiro destino: Barossa Valley, aproximadamente 100km de Adelaide.

Sempre confiantes de que Ganesha removerá todo e qualquer obstáculo do nosso caminho!

Estamos vivos!!!

Olá pessoal,

estivemos por um tempo fora do ar pq, infelizmente nossa internet não funcionou no meio do deserto. Acabamos de chegar em Alice Springs e aos poucos iremos postar as novidades desses últimos dez dias.

Nem acreditamos quando conseguimos sinal de internet e paramos na mesma hora para enviar notícias!

A foto já diz tudo...

Muita saudades de todos, abraços apertados!!!

Preparativos finais - ALELUIA!!!

Oi pessoal,

Agora sim!!! Tudo mais do que pronto para a largada que será amanhã cedinho (aquele nosso cedinho né! entre 10h e 12h! hehehe)!

Foram mais de 10 dias de preparativos intensos no carro e no trailer, um trabalho e tanto! Não podemos esquecer de nada!
Seguem fotos do antes (durante as arrumações - à esquerda) e do depois (hoje à noite com direito a convidados: Galiane e Maichel - abaixo).

Impossível de dizer quantos kilos estaremos transportando, entre bicicletas, bote, 100L de diesel, mais de 100L de água, casa móvel, comida para no mínimo 2 meses, geladeira, pneu e 2 baterias extras... enfim, não vai ter espaço pra poder descrever tudo! Ah e ainda tem o pinico! hehe só quem vier nos visitar vai conhecer essa mega façanha do Rafa magaiver!
Terminamos de carregar o carro já era mais de meia noite e ainda tivemos que sair pé por pé na calada para se livrar de um carrinho de supermercado que achamos na rua outro dia e que nos ajudou muuuito, mas essa será outra história!

 Até a próxima, já na estrada!

Beijos
Jé & Rafa

Preview da rota

Olá pessoal, segue o preview da rota que seguiremos...
isto é só um esboço viu!!!! a previsão é percorrer em torno de 10 mil km.

Sairemos de Adelaide, no sul da Austrália e cruzaremos o deserto conhecido como o outback com destino a Darwin no extremo norte. Após, seguiremos para a costa leste, com direito a muito surf passando por Brisbane, Sidney até Melbourne. Na sequência enviaremos mais infos....

beijos e abraços, fiquem com Deus.