sexta-feira, 25 de junho de 2010

Em terras aborígenes (Dias 6/7/8)

Depois de um dia de chuva e céu nublado em pleno deserto, chegamos em Ayulara com um tempo perfeito. Nenhuma nuvem sequer no céu. A cidadezinha vive exclusivamente do turismo, são mais de 400 mil visitantes por ano.

Todos chegam aqui intrigados pela beleza e misticismo do grande Uluru (ou Ayers Rock) – o maior monolito do planeta e uma das grandes maravilhas do mundo, considerado o coração da Austrália.
Um bloco gigantesco de 348m de altura e 10km de circunferência na base, sendo que a maior parte da pedra está abaixo da superfície! Visto de longe Uluru parece um enorme castelo de areia, mas quando chegamos perto podemos atestar que é uma grande rocha mesmo! Bem na base tem uma piscina natural formada com águas das excassas chuvas que correm pela montanha.





O parque onde ele está situado é de propriedade dos aborígenes. Aprendemos muito sobre a cultura desse povo milenar e o significado espiritual de Uluru para eles. Tivemos uma primeira noção sobre o Tjukurpa (lei, conhecimento, religião, filosofia), do modo de vida tradicional, da história, lendas e alimentos. Entretanto, podemos constatar que os aborígenes são muito reservados, mantendo suas tradições e conhecimentos somente entre eles. Inclusive muitos lugares no parque tinham acesso restrito ou as fotografias eram proibidas sem que fosse divulgado o motivo.
Aproveitamos o local ao máximo, curtindo o nascer e o pôr do sol.

Percorremos praticamente todo o parque através das trilhas na base do Uluru e também das Kata-Tjutas. Estas são 36 montanhas (conglomerado) formadas há mais de 500 milhões de anos. Kata-Tjutas significa cabeças e o local representa o templo sagrado dos homens para o povo aborígene da região.

Tanto Uluru quanto as Kata-Tjutas poderiam ser um verdadeiro paraíso para os escaladores , mas por serem locais sagrados, obviamente não existem vias e os aborígenes pedem que as pessoas evitem subir nas rochas (muitas o fazem!). A vontade foi grande mas em respeito nos contentamos com a vista e as longas caminhadas.

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